Abre-campense Ausente Lesandra Frade de Amorim

 

Lesandra Frade de Amorim, conhecida como Alessandra de Marilene Frade e de Antônio Amorim. Filha de Antônio Catas Altas de Amorim e Maria Irene Frade de Amorim. Avós paternos: Geraldo Catas Altas de Amorim e Amazilis Alves Martins. Avós maternos: Camilo Custódio Frade e Maria Pinheiro Frade.
Como não amar a cidadezinha onde nasci. Muitas lembranças e doces histórias para contar. Cresci na rua do Rosário, minha base e meus princípios foram construídos ali, juntamente com meus pais por quem tenho o maior respeito e admiração. Deliciei várias brincadeiras, juntamente com os amigos. A casa do Sr. Hélio Bedetti e D. Ofélia era referência para a criançada se juntar. A queimada e o pique bandeira eram sagrados, não podiam faltar. Doce infância, onde a felicidade reinava e parecia não findar.
Como não se lembrar da Escola D. João Bosco e das saudosas professoras D. Naade, D. Adalci, D. Terezinha, Cileimar e D. Edna?!! Que saudade das apresentações no pátio escolar, das festas juninas, desfile 7 de setembro e das festas comemorativas. Todas as sextas-feiras Hino Nacional e hasteamento da bandeira, como forma de respeito e gratidão à nação.
Mas, a maior expectativa era ir para o colégio, onde a rotina era completamente diferente. São memoráveis as lembranças da diretora Socorro Milagres, e demais professores que me incentivaram na minha formação escolar.
Férias? Oba!!! Eram na roça, casa dos meus avós, onde pude usufruir dos imaginários elementos do meio rural, guardo no coração com imensa gratidão.
Fui uma criança privilegiada que descobriu um mundo repleto de coisas simples para ser feliz.
A vida religiosa foi muito marcante com o Monsenhor Geraldo com seus ensinamentos e broncas. A catequese, a primeira comunhão, as coroações, a missa aos sábados, a festa de nossa Senhora Sant’Ana, o coral, ABC ,JUA dentre outros.
Parafraseando o Padre Zezinho, “Eu vim de lá do interior onde a religião é muito importante, lá se alguém passa em frente à matriz, se benze e pensa em Deus e não sente vergonha de ter fé”.
Na adolescência e juventude, os finais de semana eram no Oásis Esporte Clube e à noite no Bar bosa, Lavras Dancing Club e Abud-Isack. Quantas lembranças!!!
Em 1993 terminei o magistério. Em 1998 me formei em pedagogia na Fafile-Carangola . Iniciei minha carreira na educação em 1997 trabalhando em várias escolas, inclusive nas escolas onde estudei. Acabei efetivando na Escola Honorina Nacif (Comunidade da Barreira) na qual trabalhei por vários anos.
Hoje, casada com Marcelo Matos Costa, tenho duas filhas: Camilla e Helena. Resido em Carangola e continuo trabalhando na Educação. A cada 30 dias volto às minhas raízes para ser abençoada pelos meus “velhos”, rever a família e os amigos que são inúmeros.
Ser abre-campense é ter a certeza de não estar sozinha. Há sempre um sorriso, um abraço, uma mão estendida. Afeto e amizade se entrelaçam como se fôssemos uma só família.
Fecho estas saudosas lembranças com uma citação da Cora Coralina:
“Minha Cidade Minha vida, meus sentimentos, minha estética, todas as vibrações de minha sensibilidade de mulher, têm, aqui, suas raízes.”

Abraços carinhosos.